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Músicos:
Tiago Mocotó – pandeiro de couro (1 a 10 ) e
nylon (1, 2, 3, 5, 7, 10 ), tantã (1 a 10), agogô
(3 e 5), tamborim (3), repique de mão (8) e
arregimentação de percussão (1 a 10)
Çobei – reco-reco (1, 3, 6, 7, 8 e 10), caixa (1, 2, 3, 4,
6, 8 e 10), tumbadora (1), triângulo (2), coquinho
(2), frigideira (5) e tamborim (1, 4 e 9)
Jurandy – surdo (1 a 10) e tumbadora (1)
Radamés – ganzá (1 a 10) e repique de mão (5)
Warley Henrique – cavaquinho (1 a 10)
Edu Krieger – violão 7 cordas (1 a 10)
Rodrigo Braga – arranjo (1 a 10), violão (1 a
10), piano acústico (2, 3, 4 e 6), tamborim (10),
tumbadora (5 e 6), pratos de cozinha (5), repique
de mão (3 e 10), pandeiro de nylon (8) e voz
Dudu Nicácio - voz
Participações:
Alaécio Martins (trombone – em deixa o tempo
e glossário), Edu (trumpete no tarzan) Henry
Lentino (bandolim na chamada restrita), Jadir
Florindo (surdo de 3ª no resignado), Sidão Santos
(baixo acústico tb na chamada), Kátia Preta
(trombone no contrariedade), Mônica Ávila
(flauta no resignado), Vicente Alexim (clarineta
na muqueca), Aline Wulhynek, Livia Heinrich,
Adriana Manhani, Ana Cláudia e Dona Sú do
Jongo (coro 1 a 10), Meninas de Sinhá (coro
na muqueca e no glossário), Marcelo Chiaretti
(flautas, flautim e arranjos de sopros em deixa
o tempo e glossário), Casuarina - participação
no Tarzan: Daniel Montes (violão 7 cordas),
Gabriel Azevedo (percussão), João Cavalcanti
(percussão), João Fernando (bandolim) e Rafael
Freire (cavaquinho)
Gravações Adicionais:
Voz (Dudu) por Kiko Klaus, BH
Meninas de Sinhá – Valdete, Efigênia, Rosária, Mª
das Mercês, Romancina, Diva Aldina, Dorvalina,
Mª Gonçalves, Bernardina, Neide, Geralda de
Paula por Telles Studios, BH
Casuarina por Jadir Florindo, RJ
Piano acústico por Marcelo Hoffer no Estudio
Sinfônico da Radio Mec, RJ
Afinado por Seu Manel
Agradecimentos mega especiais:
A todos os artistas que se doaram para a
participação nesse disco: Kriegão, Henry Lentilha,
Sidão Salamaleko, Kátia Preta, Môniquita,
Vicente, Alininha, Livinha, Adrianinha, Aninha,
Dona Sú, Meninas de Sinhá (todas sem exceção),
Casuarina (mais que parceiros), Mocota, Çobei,
Juran, Radaméles, Warley, Lalá, Chiaretti - vocês
são fodas!!! Salve Israel do Vale!!! A todos que
também se doaram participando indiretamente:
Mestre Jonas, Miguelângelo, Nego Veio, Ricardin
Acácio, Mário Moura, Rafa Leite, Batatinha,
Peterson, Rogerinho San, Rudney Carvalho,
Gustavo Monteiro, Delegado, Adalberto, Zu
Moreira, Vitin Santana, Pai Quiroga, Fernando “A
Casa”, Gabriel Lopes, Nana Lima, Kivia Rodrigues,
Julieta da Viola, Jane Melodia, Danusa, Betinho,
Guilardo, Fred Paulino, Braga, Juliano, Bárbara,
Laura, Angélica e equipe da Osso, Ângela, Helga
e Noir Mariana Braz. Seu Vanderlei e Dona Nete,
Dona Maria Célia, Karina, Camila, Leozinha, Nana
Nicácio. A todos os amigos e amigas dedicamos
esse disco. Te amo, Bosta!!! Às comunidades
dos Aglomerados Serra, Alto Vera Cruz e Vila
Acaba Mundo. À Miracy, Limoeiro, Sissi e colegas
do programa Pólos da UFMG. Aos bambas Seu
Ronaldo do Opção, Lúcia Santos, Seu Domingos do
Cavaco, entre outros. Titane e Quebrapedra. Zé Du
Romão, Trempa e Dejus. Aos técnicos e parceiros,
que sem eles seria impossível: Dj Leandro Neurose,
Vitu Limão, Kiko Klaus, Marcelo Hoffer, Jadir,
Baresi, Anderson e todos do Copacabana, Carlos
Fretias, Felipe Braga pela força na edição, o
maluco que gravou as Meninas De Sinhá que não
lembramos o nome - arrasaram!
Gravado por
VITU e DJ LEANDRO NEUROSE
no ESTUDIO BASE A, Vila Isabel, RJ
Mixado por
JADIR FLORINDO no ESTUDIO
COPACABANA, RJ
Masterizado por
CARLOS FREITAS no
CLASSIC MASTER, SP
Produzido por
TIAGO MOCOTÓ e RODRIGO
BRAGA
Co-produzido por
DUDU NICÁCIO
Direção Artística e Produção Executiva
DOIS DO SAMBA
Consultoria Artística
DANUSA CARVALHO
Projeto Gráfico
JULIANO-ESTÚDIO OSSO
Fotos
JOÃO CASTILHO
Contrariedade
Inconseqüente
Samba Morena
Chamada Restrita
Muqueca de Tubarão
Deixa o Tempo
Glossário
Nem Amarrado
Por Conta
Resignado
Tarzan
(O Filho do Alfaiate)
participação especial: Casuarina
Rodrigo Braga
Dudu Nicácio
Ah, também a toda a rapaziada da
imprensa que dá uma moral ao Dois do Samba.
E a todos que cruzaram nosso caminho nesse
processo até aqui e continuam sendo referências:
Hermínio Bello de Carvalho, Nei Lopes, Moacir
Luz, Paulinho da Viola, Luiz Melodia, Mart’nália e
Almir Guineto - muito obrigado!!!
Agradecemos também a todos os mestres de
todos os tempos por plantarem e cuidarem dessa
semente genuinamente brasileira que é o samba.
AA0001000
RJ: (21) 3394-7637 e
BH: (31) 3464-0894 e 9998-9750
doisdosamba@gmail.com
www.myspace.com/doisdosamba
Indústria Brasileira - Produzido no Pólo Industrial de Manaus por Sony DADC Brasil - CNPJ 07.305.913/0001-65, Av.
Buriti n º 2.855, Manaus/AM sob encomenda de Antônio Eduardo Silva Nicácio, CPF 025.611.426-98.
Apoio:
Contrariedade
BR-NA3-08-00001
Chamada Restrita
BR-NA3-08-00004
Muqueca de Tubarão
BR-NA3-08-00005
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Citação : sampler do disco “Edição Histórica
Vol.6 de Cyro Monteiro & Dilermando
Pinheiro”, Phillips, 1967
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Tô com um péssimo hábito
De querer tudo do meu jeito
Se eu continuar assim
Devo acabar num beco estreito
Sem amigo, nem família
Sem mulher e profissão
Nem vai restar a cachaça
Pra me trazer solução
Com tudo me contrario
Com todos fico irritado
Se a coisa não é bem como eu penso
Fecho a cara, todo emburrado
Já me disseram até
Que eu to muito inconveniente
E que essa minha intolerância
É coisa de mimado ou indecente
Cheguei ao meu limite
Vou chutar o balde
E por um fim nessa história
Que não passa de uma fraude
Quem quiser achar, que ache
Quem quiser xingar, que xingue
Quem quiser fique a vontade
Quem quiser vem pro meu time
Quem quiser achar, que ache
Quem quiser xingar, que xingue
Que eu não to nem ai
Só lamento pra quem não gosta de mim.
Remonto os cacos de telha da minha paz
Enrolo a minha vida
Num carretel quebrado de pipa
Dou linha pra todo mundo
E se me encher eu desço a ripa
Nenhuma mulher me agüentou
Por que sou endiabrado
E quando atravesso uma rua
Nem sempre olho pros dois lados
Inconseqüente rapaz
É o que mamãe sempre me dizia
Nasceu sem jeito feito o pai
Está sempre entrando em fria.
Deletei teu nome do meu celular
Não precisei de isqueiro, nem de
fósforo pra queimar
A mensagem que você mandou
Sem fumaça, nem cinzas, apagou,
desapareceu
Com o aperto de um botão, sumiram todas
pelo ar
Nossa história de amor que nunca aconteceu
E eu já to dando um jeito de arranjar outro
alguém
Para por no lugar, que foi teu e de mais
ninguém
Meu celular não tem defeito
Não me deixa na mão
Me avisa quem é que liga
Se eu quiser não atendo não
Não adianta insistir
Nem precisa telefonar
Que você eu não atendo
Cansei do seu reclamar
Pode buscar
Em lista pública ou particular
Nas amarelas e na telemar
Nem no orkut você vai me achar
Pode buscar
Com os amigos em qualquer lugar
Põe detetive pra me vigiar
Que eu mudei de emprego
De casa, de rumo e freqüento outro bar.
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
conversa de fundo gravada no Semente, Lapa, RJ
Pruma muqueca danada
Ontem fui convidado
Vesti roupa bonita
Cortei o cabelo
E fiquei perfumado
Na porta de entrada encarei
Uma sereia de frente
Logo lancei minha rede
Veio um tubarão
Cheio de dentes
A rede furou
A chapa esquentou
O peixe estragou
Vai, vai, vai tubarão
Fala pro peixe que eu to no portão
Vai, vai, tubarão
Que eu to com fome não como há um tempão
Fiz o meu prato bem fundo
E comi de colher aquela situação
E raspei todo o tacho
E enchi de pimenta a sobra do pirão
Quando o bocudo voltou
Pra dar um repeteco na sua refeição
Seu olho pingou
Sua boca babou
Sua cara esquentou
Vai, vai, vai tubarão
Fala pro peixe que eu to no portão
Vai, vai, tubarão
Que eu to com fome não como há um tempão.
E se eu te chamo pra jantar
Você diz que talvez sim
Mas me deixa de lado
Prum chop gelado que nunca tem fim
Junto de suas amigas
Um bando de mulher faceira
Que a malandragem não perdoa
Chega matando, passando a rasteira
Se você me deixa assim
Pra depois do expediente
Vou arrumar uma hora extra
Você vai acabar ficando doente
To enfurecido
Com essa situação
De atualmente na sua fila
Ficar na lanterna, à disposição
Não adianta falar
Que eu to é enciumado
Que o braço a torcer
Eu não dou nem amarrado.
Resignado
BR-NA3-08-00010
Tarzan (O Filho do Alfaiate)
BR-NA3-08-00011
MANGIONE, FILHOS E CIA LTDA
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Glossário
BR-NA3-08-00007
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Deixa O Tempo
BR-NA3-08-00006
Agora já decidi
Escrevi no meu glossário
Se quiser falar comigo
Vai ter que marcar horário
Cansei de ser para ti
Sempre disponibilidade
Vou encher a minha agenda
De outras tantas novidades
Vou acabar com a mordomia
De você me ter a qualquer hora
Você vai ter que entrar na linha
Senão te mando embora
Agora já decidi
Escrevi no meu glossário
Se quiser falar comigo
Vai ter que marcar horário
Eu virei vilão
Um sujeito cafajeste
Já to pensando até
Em comprar um canivete
Para cortar esse namoro
Desfazer esse feitiço
Que me deixa assim sambando
Num terreno movediço.
Hoje eu acordei
De um jeito daqueles
De deixar tudo de lado
De descer antes do ponto
Aposentar o cavaquinho
Empoeirar o violão
De não ver saída
Pra esse desaponto
Ai vem aquele amigo
Pra me tirar desse lamaçal
Diz que tudo logo passa
É quase como carnaval
Diz para eu fazer uma música
Ou tomar uma cachaça
E deixar logo de lado
Essa vida tão sem graça
E domar o boi pelo chifre
Dá um olé no mau olhado
Espantar de vez a crise
Fechar com o santo no resguardo
E pisar com pé direito
Na hora de sair pro trabalho
Pensar com alegria
Na chance que se abre num novo dia.
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Quem foi que disse que eu era forte
Nunca pratiquei esporte, nem conheço
futebol
O meu parceiro sempre foi o travesseiro
E eu passo o ano inteiro sem ver um raio de
sol
A minha força bruta reside
Em um clássico cabide, já cansado de sofrer
Minha armadura é de casimira dura
Que me dá musculatura, mas me pesa e faz
doer
Eu poso pros fotógrafos e
distribuo autógrafos
A todas as pequenas lá na
praia de manhã
Um argentino disse, me
vendo em Copacabana:
‘No hay fuerza sobre-
humana que detenga este
Tarzan’
De lutas não entendo abacate
Pois o meu grande alfaiate não faz roupa pra
brigar
Sou incapaz de machucar uma formiga
Não há homem que consiga nos meus
músculos pegar
Cheguei até a ser contratado
Pra subir em um tablado, pra vencer um
campeão
Mas a empresa pra evitar assassinato
Rasgou logo o meu contrato quando me viu
sem roupão.
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Samba Morena
BR-NA3-08-00003
Deixa o tempo passar
Deixa o peito curar, então
Enquanto a vida se processa
com a razão
Deixa o medo evitar
Deixa a mágoa secar em vão
Que a melhor trilha é seguir o coração
Me prendo nessa armadilha
Feito rato que adora uma ratoeira
Besteira
Enfrento esse labirinto e me sinto
Como quem sabe a solução
Tropeço em qualquer meio fio
Desafio
Quem nunca sucumbiu a uma paixão
Choro baldes de rancores desamores
Distraio-me com outra ilusão
Deixa o tempo passar
Deixa o peito curar, então
Enquanto a vida se processa com a razão
Deixa o medo evitar
Deixa a mágoa secar em vão
Que a melhor trilha é seguir o coração
Prefiro quem me fere de frente
Fico doente com uma traição
Então
Fujo da raia, freqüento outra praia
Me protejo dessa solidão
Não sou eu quem vai pagar o pato
Desato
O combinado dessa relação
Assim, te digo no ato
Que eu me reato
E parto para outra situação.
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Ah, o que eu faço com essa morena
Que tá roubando a minha cena
E me armando confusão
Dando sopa na minha cozinha
Dando força pra minha ruína
Esparramada pelo meu colchão
Rodopiando pelo meu terreiro
Sambando, cantando com o meu pandeiro
Quer tomar conta da situação
E controlar até o meu dinheiro
Por que vê que eu sou do tipo casamenteiro
Eu vou comendo quietinho feito um bom
mineiro
Com fé em Santo Antônio sigo solteiro
Diz aí meu santinho
Não me deixa na mão
Fui batizado com seu nome
Mereço a tua proteção
Essa morena feiticeira
Ascende vela pra te confundir
Sou seu amigo de primeira
Me livra dessa tocaia não me deixa iludir.
Por Conta
BR-NA3-08-00009
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Por conta daquela danada
Quase desapareci
Chorei, mas chorei tanto
Que até emagreci
Gozei de um jeito inclemente
Com falta de educação
Agora sofro pros cantos
Sem rumo e sem direção
Corro ali e paro aqui
Ziguezagueando o infinito
E acabo a noite sozinho
Tonto, pedindo penico
Com esse vazio imenso
Ainda não sei o que faço
Se arrumo outra cabrocha
Ou se aquieto o meu facho
Vida, vida esquisita
Te quero mesmo assim
Pra ti arranjei um jeito
O couro do meu tamborim.
Inconseqüente
BR-NA3-08-00002
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Eu sou do tipo
Que pensa antes de fazer
Mas faz assim mesmo
O que o pensamento não crê
Sou fio desencapado de outros carnavais
Dou laço em pingo d’água
E arremato o ponto
Vazando argumentos
Alagado e meio tonto
Nem Amarrado
BR-NA3-08-00008
(Rodrigo Braga / Dudu Nicácio)
Se eu te chamo pra almoçar
Você diz que pode não
Que vai ter que trabalhar
No escritório do patrão
Que como dizia Noel
É um sujeito impertinente
Que além de abusado, é fiscal
e superintendente
Zgłoś jeśli naruszono regulamin